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AMÉLIA LUZ
( Brasil – Minas Gerais )
(Amélia Marciolina Raposo da Luz) - Nasceu em Pirapetinga, Zona da Mata, Minas Gerais.
Escreve poemas, trovas, crônicas e contos, com várias premiações. É formada em Pedagogia, Administração Escolar e Magistério, Orientação Educacional, Comunicação e Expressão em Língua Portuguesa, Pós-graduada em Planejamento Educacional e Psicopedagogia na Escola. Conquistou várias premiações, participando em concursos literários no Brasil e exterior.
É membro efetivo da APLAC – Academia Paduana de Letras, Artes e Ciências – Santo Antônio de Pádua/RJ, Membro Correspondente da Academia Rio – Cidade Maravilhosa – Rio de Janeiro, Membro Correspondente da ACL – Academia Cachoeirense de Letras, Cachoeiro de Itapemirim, Espírito Santo, Membro Correspondente da Academia de Letras Brasil-Mariana e INBASCI, Mariana/MG, Membro Correspondente da Academia Brasileira de Poesia – Casa Raul de Leoni, Petrópolis/RJ, Membro Correspondente da Academia Ferroviária de Letras, Rio de Janeiro/RJ e outras entidades literárias.
Trabalha a palavra todos os dias na sua oficina de versos. Ama a vida e a liberdade. Garimpa no baú de Camões, acreditando sempre no amanhã na palavra que ficou: vida!
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ANTOLOGIA DEL ´SECCHI, 2008. Organização Roberto de Castaro Del´Secchi. Rio de Janeiro: Del´Secchi, 2008. 404 p. 14 x 21 cm ISBN 85-86494-14-3
No. 10 253
Exemplar da biblioteca de Antonio Miranda
Foto: disparada.com.br
AMAZONIA
O tropel do homem assustou a floresta.
A ambição cruel campeou pela mata fazendo dela
O túmulo da terra-mãe!
O poeta gritou em trovão por Tupã
Que na sua irar de deus,
Incendiou com um relâmpago
Os olhos cegos que dormiam...
Quero borboletas coloridas
Vitória-régia, muito verde, muita vida,
E o canto do uirapuaru ao som dos igarapés...
Quero ver salva e protegida
A Amazonia querida, patrimônio universal,
Útero da natureza, com toda a sua riqueza!
Relíquia ameaçada pelas serras sanguinárias
Que se embriagam de seiva pura,
Ao gemido de árvores milenárias...
Vejo neste santuário sagrado
A agonia ambiental de um planeta doente
Vítima da violência do desmatamento galopante.
Soluço um pranto rouco
Chamando pela preservação!
Pindorama? Terra das palmeiras?
E o vento ainda sopra assanhando a folhagem
Das sobreviventes açaís, muritis, andirobas,
Mucubeiras castanheiras e seringueiras, sem iguais,
Dos jaborandis, dos babaçus e tantas outras mais...
Ao homem louco do meu tempo
Deixo escrito um manifesto.
Que lute com peito aberto, como protesto,
Antes que seja tarde e tudo se perca!
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Página publicada em fevereiro do 2025
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